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Recuperação da produtividade após a podridão cinzenta do caule

Conheça um estudo de caso de uma fazenda no interior do Paraná

Hoje contaremos a história de uma fazenda em Palotina. A área de 100ha é um clássico da rotação soja e milho. Mesmo com as implicações dessa sucessão contínua, pequenos e médios produtores não têm opção de deixar de produzir grãos mais rentáveis. Se optarem por culturas menos convencionais, como aquelas usadas para rotação de culturas, fica difícil de pagar as contas.  

No entanto, a produção contínua soja/milho traz uma série de problemas na saúde do solo a longo prazo. É o mesmo que comermos o mesmo tipo de alimento por muitos anos. No fim vamos gerar deficiências vitamínicas e fragilizar nosso sistema imune. Com o solo ocorre a mesma coisa, plantando sempre os mesmos cultivos, reprimimos a diversidade microbiológica do solo e com isso enfraquecemos a supressividade, que nada mais é que o “sistema imunológico” da agricultura. 

Essa foi a dor do produtor paranaense, a rotação clássica fez com que um fungo chamado Macrophomina phaseolina se instalasse por lá e não desse trégua, uma vez que milho e soja são hospedeiros clássicos do microrganismo. O problema da presença desse patógeno é a podridão cinzenta do caule. Esse agricultor via, ano a ano, a doença se instalar e causar cada vez mais prejuízo. 

O microbioma do solo trouxe luz ao problema, mostrando a presença e a grande quantidade do patógeno, acendendo um alerta vermelho no manejo dessa área. 

Para controlar essa condição e, assim, reverter as perdas que estavam ocorrendo, a estratégia foi baseada na utilização de cultivares com resistência genética à doença. Trata-se de um primeiro passo para recuperar os patamares de produtividade que já eram atingidos nas safras anteriores a disseminação da doença na área. A perdas são potencializadas nas áreas mais altas da lavoura, onde a drenagem de água é mais rápida e as plantas ficam expostas a ação do microrganismo, que costuma ser mais agressivo em condições mais secas. 

A amostragem para realização da análise de microbioma do solo foi feita em quatro seções diferentes do terreno usado para cultivo. Todas essas áreas possuíam diferenças na declividade do relevo, sendo que uma amostra se encontrava na área mais alta, duas amostras nas áreas mais baixas e uma em um lote de declive intermediário. Os segmentos de irrigação da plantação são segmentados em duas partes, sendo que um deles abriga três áreas de produção — uma com grande produtividade, uma com média e uma com pouca produção. 

Além do Macrophomina phaseolina, outros fitopatógenos juntos pioravam a produtividade da porção mais baixa do talhão, como Rhizoctonia, Fusarium e nematoides. Em outros posts trataremos desses casos particulares que vieram da mesma análise de microbioma. 

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